Refletindo...


"É preciso viver, não apenas existir."
Plutarco


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

É disso que o paraense gosta, é isso que o paraense quer...

 
Lembrar das mangueiras das janelas do apartamento da tia Nazaré, em Belém, diga-se é especial por todos os fatos: o apartamento fica no Edifício Metrópole, na Avenida Nazaré, ao Lado do Santuário de Nazaré e as mangueiras que tem as mangas à nossa disposição ficam na altura das janelas do apartamento que, pasmem, fica no terceiro andar.
 


Sentir o cheiro do tacacá, vatapá, açaí das barracas da Avenida Nazaré no final da tarde e encontrar os carrinhos com frutas a cada esquina da cidade, todo exibido por causa de suas frutas, mais cheirosas, coloridas, diversas, como pupunhas, abius, biribás, mangas, taperebás, castanhas do pará, etc.

 

 

Daí, pensando na vida do paraense, pergunta-se: você sabe do que o paraense gosta e o que o paraense faz com prazer e que já faz parte de seu jeito ‘caboclo’ de ser, no sentido de ser o 'mais legítimo dos jeitos' brasileiros de ser!
 

É disso que o paraense gosta, é isso que o paraense quer:

- Tomar açaí sem açúcar com peixe frito ou camarão seco;
- Jamais comer manga com febre

- Se empanturrar de pupunha com manteiga real e café;
- Ter um natal em outubro e outro em dezembro;
- Ver se ninguém tá olhando e juntar uma maga que caiu na rua;
- Ser devoto fervoroso de Nossa Senhora de Nazaré;
- Ir aos domingos com os filhos na Praça da República;
- Já ter ido alguma vez na Corda do Círio;
- Ter acompanhado o Círio no meio da multidão;
- Acreditar no poder terapêutico dos banhos e garrafadas;
- Encher um paneiro com manga depois do toró;
- Comer peixe frito com pimenta de cheiro;
- E comer mingau de tapioca com 'banana da terra' no Ver-o-Peso;
- Sentir-se um ser do rio e da floresta;
- Falar 'Égua' para o que for fora do comum;
- Ir às lágrimas quando vê passar a Berlinda;
- Ter uma Estrela Azul e solitária em sua Bandeira;
- Comer ‘quase tudo’ com farinha;
- Trazer no sangue o ritmo do Carimbo, Siriá e Marujada;
- Participar com chapéus coloridos do Arraial do Pavulagem;
- Passear na Estação das Docas apreciando a Baía de Guajará;
- Dirigir quilômetros para tomar água de coco em Icoaraci;
- Ir bem mais longe comer uma tapioquinha no mercado de Mosqueiro;
- Ter roupas perfumadas por patchuli;
- Ficar feliz ao encontrar paraenses fora do estado ou do país;
- Achar que tudo que é bom é – Pai D’Égua;
- Tomar uma cuia de tacacá no calor insuportável das três da tarde;
- Almoçar maniçoba e pato no tucupi no dia do Círio;
- Chupar uma manga até o caroço;
- Ter o orgulho do maior e mais belo Círio do mundo;
- Ter o carro amassado ou o para-brisa quebrado por uma manga;
- Se empanturrar de pupunha com manteiga real e café;
 
Sentir os pingos de chuva da tarde que espalha no ar o cheiro amazônico e os periquitos em bando, chegando à sumaumeira secular da pracinha do Santuário... um "q" de Belém que não se esquece.
 
 
E o melhor de tudo:
Adorar, como EU, mesmo não sendo paraense,vadiar pela cidade aconchegante e acolhedora que ama, e parar em uma das sorveterias da Cairu para tomar sorvete da fruta que lhe apetecer: esta é a minha, a nossa Belém!!!

 
* Parte deste relação foi inspiração na internet onde encontrei as coisas que o paraense gosta, infelizmente sem a identificação da autoria. Se alguém souber, me ajude a fazer justiça.

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