Refletindo...


"É preciso viver, não apenas existir."
Plutarco


domingo, 6 de novembro de 2011

Feijoada de Bolso

Voltei e com todo o gás!
Quero compartilhar com vocês muitos momentos interesantes pelo qual passei neste dias sem posts. E, não poderia perder esta oportunidade de registrar o primeiro tão feliz encontro para receber a Adriana e o Lealdo (Lealdinho para os íntimos) e os pais dela.

Adriana é nossa sobrinha postiça (espiritual como ela diz). Lealdinho é o namorado que estuda mecatrônica em Sampa e que fomos apresentado agora, depois de um certo tempo de espera. O que fazer para recebê-los. Oh, dúvida atroz!!!

Combinamos com ela que seria uma degustação simples e um bom vinho para animar o papo. E, busca material daqui, leva dali. Na véspera da desgustação, numa dessas noite insones do maridão, uma enorme saudade da infância e das nossas famílias, ele sugeriu: Porque não fazemos algo parecido com aqueles capitãeszinho que nossas mães faziam quando erámos criança?

Lá fomos nós pensar como faríamos os tais capitãeszinhos? Deveria entrar feijão (de preferência o preto - é mais fácil de achar e mais fácil de agradar a todos), paio e linguiça portuguesa (legítima) e arroz branquinho (escolhemos aquele usado pelos japoneses para fazer sushi, pois ajudar a ficar grudadinho) nos tais capitãeszinhos.

Ih, ia esquecendo, depois de enroladinho passados na farrofa de "farinha de biscoito para farofa da Região de Bragança-PA" com manteiga real. Era demais para o caminhãozinho do Lealdo segundo a Gleyne, prima da Adriana.

Até aí tudo bem! Faríamos em forma de bolinhas e num tamanho tal que desse para pegar e colocar direto na boca (fingerfood e comfort food). E o que acompanharia? Uma bela carne que também pudesse ser trinchada ou fatiada bem finhinha para ir direto na boquinha da criatura, sem trabalho.

No outro dia, conversando com a empregada, a Ana, e explicando tudo, ela sugeriu então a picanha no forno feita no sal grosso, mesmo depois de achar a idéia de fazer simples capitãeszinhos para receber alguém , meio esdruxúla (os patrões anteriores eram pomposos).

Aí pensei, se os ascepipes serão feitos por piauiense, com alguns ingrediente paraenses e ludovisense e na terra dos Ludovicenses para receber um estrageiro meio paulista, meio nordestino que tal acrescentar como acompanhamento o prato mais ludovicense do pedaço? Bem vindo então o Cuxá (uma pasta verde feita somente de vinagreira - uma folha azedinha que é uma maravilha).

Para temperar que tal a pimenta biquinho que na realidade é mineira, mas foi adotada pelos ludovicenses muito bem? Para dar um toque cosmopolita que tal acrecentar conservas de berinjela e tomante seco com azeite e ervas? E, para quem não gosta da berinjela que tal se fosse uma com abobrinhas grelhadas, azeites e ervas?

Ai, ai, ai... Na hora que eles chegaram apertou o medo de não agradar, mas a surpresa (ou seria média) foi ótima: os queijos sobraram! E, o papo rolou solto e os bolinhos "feijoada de bolso" (apelido dado pelo maridão), também.

Então, benvindo Lealdo e Adriana, Gil e Jura.

Que venham outras degustações...pois ainda temos uma comidinhas gostosas para fazermos novas re-leituras.
Sofro!

Um comentário:

AULAS disse...

Ei, ensina pra mim...essa feijoada de bolso? Certo que vou ter que adaptar alguns ingredientes..
Débora